Fundado em 4 de janeiro de 1875, O Estado de S. Paulo tornou-se referência na imprensa brasileira e no mercado de comunicação neste quase um século e meio de existência.
O veículo conta com uma tiragem de 165.740 exemplares e dedicou um espaços na requisitada seção “Oportunidades” para contar a bem sucedidade história de negócios do empreendedor Celso Fortes.
O conteúdo abaixo é reproduzido, na íntegra, do site e do jornal Estado de São Paulo.
Dono da agência digital Novos Elementos, Celso Fortes acredita que o empreendedorismo não se aprende em sala de aula. “Acho que a pessoa nasce empreendedora e, aí sim, desenvolve essa característica ao longo da vida. Assim como há pessoas que nascem jornalistas, nascem médicos. Há uma questão muito forte do dom.” E acrescenta: “Todas as pessoas nascem com o sucesso dentro de si e com o seu dom. O problema é que muitas brigam com esse dom”.
Quando se conhece a história desse carioca de 44 anos, é possível acreditar que seja mesmo uma característica inerente à pessoa. Aos 11 anos de idade, vendo o sucesso que as revistas em quadrinhos faziam, resolveu montar uma banca, no colégio, para comercializar o produto, seu e de colegas. “Era início dos anos 1980, todo mundo comprava muita revistinha e ficava com aquilo empilhado em casa. Comecei a pegar as dos amigos e coloquei na banca para vender. Fez sucesso. Em dois ou três meses já tinha mais dinheiro que eles para comprar lanche, gastar”, conta.
“A primeira lembrança que tenho de um negócio que montei foi identificando um problema, uma necessidade das pessoas, o acúmulo de revistas dentro de casa, de um lado, e de outro, pessoas que queriam com- prá-las. Desde de criança consegui entender bem que, se alguém tem um problema, mui- tos vão ter também. E busquei uma solução. A partir daí, norteio minha vida tentando resolver problemas.”
Por volta de 17 anos, viu que havia uma demanda grande por pessoas para “fazer som” em festas. Começou a comprar equipamentos, lâmpadas, juntou-se com alguns amigos e passou a ser DJ das festinhas. “Do som de festinhas, passei a ter uma empresinha de aluguel de equipamentos. Com o tempo, passei a alugar equipamentos para algumas boates do Rio.” Quando já tinha 18 anos, o DJ de uma boate faltou e ele foi convi- dado para substituí-lo. “Entrei e acabei atuando como DJ em boates por muitos anos.”
A fase de DJ acabou quando foi trabalhar em uma gravadora, um selo da Sony Music, posteriormente comprado pela Universal. Sua função, era desenvolver novos produtos, “que foi o que sempre gostei de fazer.”. Identificava demandas do mercado, embalagens e repertórios diferentes. “Durante nove anos, fiz mais de 200 títulos.”
Fascinado por tecnologia, resolveu deixar a empresa, há dez anos, para criar seu próprio negócio na área digital. Começou em casa. “Fui fazendo um site, um projeto, também entendendo e aprendendo o mundo da internet. Vendo quais eram os problemas das pessoas e como aplicar uma solução digital para aquilo.”
Para ele, música foi um hobby que se tornou ganha pão durante um tempo. “Mas sem- pre fiquei atrás de novos negócios. Se o empreendedor consegue identificar problemas que ele mesmo tem, consegue transportar para outras pessoas.”
Por exemplo, um problema de saúde na família, causado pe- la ingestão insuficiente de água, deu origem ao aplicativo Beba Água, que lembra o usuário de tomar o líquido. “Ampliei a solução para muitas pessoas.” Depois de comprar uma panela que utiliza ar quente para fazer frituras, descobriu que não existiam receitas para preparar pra- tos nessas vasilhas. Estudante de gastronomia, ele mesmo começou a preparar pratos, foto- grafá-los e a anotar as receitas. Não demorou para surgir um aplicativo com as receitas.
Irrequieto, – “empreendedor não pode ficar parado”, diz – também já escreveu um livro, em 2006, com dicas de 200 celebridades que entrevistou para que opinassem sobre o que era o sucesso para elas. Já em relação ao sucesso da sua agência, Fortes afirma: “Eu surfei nessa onda digital. Antes, fazíamos um sie, dois, por mês, e hoje fazemos uma média de 16, 18 por mês”.
A empresa tem 28 funcionários e atua como um “personal digital”. “Montamos site, criamos aplicativos, conteúdo para rede social, e-mail marketing etc. Temos mais de 800 sites no ar.”
Sua carteira de clientes inclui celebridades como o ator e cantor Daniel Boaventura, a cantora Preta Gil e a modelo Fernanda D’Ávila. Para ele, todo mundo tem boas ideias. “E se você perceber, as pessoas que se destacam mais são aquelas que têm uma boa ideia e a colocam em prática. Então, mais do que se preocupar em ser empreendedor, em ser corajoso, coloca aquela sua ideia em prática.”