Se você tem perfil no Linkedin, mas acha que a rede não ajuda sua vida profissional como imaginava, preste atenção a esta matéria. Talvez você esteja cometendo um (ou mais) destes cinco erros que recrutadores e especialistas em mídia digital apontam como fatais para quem quer ser não só notado, mas bem-visto, pelos empregadores.
-O primeiro deles é não manter o perfil atualizado, o que geralmente passa uma imagem negativa, de desleixo e falta de compromisso, além de dificultar o contato de um possível empregador com você.
-Outro deslize comum é redigir um texto de perfil muito longo ou nos moldes do currículo impresso. Especialistas dizem que não se deve copiar e colar textos do currículo direto para o LinkedIn. Os textos para a web precisam ser mais concisos e enérgicos que o de um currículo impresso. Devem “vender” bem sua imagem profissional.
-O terceiro erro é não incluir os contatos que permitam que você seja achado. Se o LinkedIn é uma rede social com propósito de trabalho, não há razão para não querer que as pessoas o achem. O ideal é incluir na seção de contatos um e-mail e um número de telefone. Recrutadores afirmam que é muito desanimador achar o perfil de um grande profissional pelo LinkedIn, tentar fazer contato e, em seguida, ler a mensagem dizendo que a pessoa não pode receber convites ou e-mail.
-O quarto problema frequente entre usuários da rede não satisfeitos com as oportunidades geradas é não prestar atenção a palavras-chaves que possam fazê-los serem achados mais facilmente por quem busca contratar. Recrutadores e empregadores geralmente procuram por candidatos que ocupem uma posição particular, e especificam também a cidade como parâmetro. Portanto, use palavras-chave que facilitem buscas pelo seu cargo na internet.
-Por fim, o quinto entre os principais erros no uso do LinkedIn é esquecer que a rede é de contatos profissionais, e usá-la como se fosse particular, expondo informações desnecessárias da vida privada.
Para Erick Vils, diretor da empresa de tecnologia WebSoftware – que utiliza o LinkedIn para procurar profissionais – é muito importante manter as informações do perfil atualizadas e, de fato, participar da rede, interagindo com outros usuários. Do contrário, explica, a impressão que se passa é de alguém não muito comprometido.
– Fico incomodado com pessoas que só mexem na rede quando estão procurando emprego. Esses eu já tiro automaticamente da minha lista, quando surge uma vaga – diz. – Já das pessoas que costumam colaborar, em listas de temas ou conversas, por exemplo, costumo me lembrar sempre. Quem é colaborativo e generoso, mesmo sem precisar, ganha muitos pontos e garante, às vezes sem saber, uma futura oferta de emprego.
Vils ressalta que é importante que não se faça uso do LinkedIn como uma rede social particular, fugindo de temas de trabalho, pois não é um comportamento bem-visto.
Diretor da agência Novos Elementos, de comunicação digital, Celso Fortes concorda. Segundo ele, há muita gente que não sabe separar as informações profissionais das pessoais. Ele recomenda, por exemplo, que não se insiram no LinkedIn os links dos perfis no Facebook e no Orkut, por exemplo, a não ser que sejam estritamente profissionais. Do contrário, a pessoa corre o risco de prejudicar a própria imagem, expondo dados da vida privada. Ele ressalta, também, que é essencial não mentir (ou aumentar) competências.
– Não adianta criar um personagem profissional, como muita gente faz com a vida pessoal no Facebook, com uma série de informações não verídicas – critica. – O LinkedIn hoje é uma isca, não o fim do caminho. Se o recrutador pescar um peixe que não seja interessante, vai jogar no mar de volta.
Com mais de 100 milhões de usuários cadastrados em todo o mundo, o LinkedIn tem 3 milhões de perfis no Brasil, de acordo com o último levantamento, feito em março. Há pouco mais de dois meses, a rede criou uma nova ferramenta, que permite aos profissionais cadastrados se candidatarem a vagas de emprego anunciadas nos sites das empresas.
Entrevista para o Globo On-line
Fonte: O Globo